A SENTENÇA.
Entendeu menos ainda
Ao ver os rostos pálidos ...
- Senhores, não tive culpa ...
Então ele sacou do revolver
Só por procurar trabalho?
Uma droga os parafusos,
Essa viscosidade doce
Certa atmosfera - pensarão
De passarinho acabado
Carne e penas trêmulas.
Mas aqui há uma vitrola
Obedece a voz do dono
Somos como tripa de cordeiro
Tocando os varões da cama
Para tirar os pés do lençol.
Como dois e dois são cinco
De mandíbulas travadas
Entre fritar e não gritar
No elevador cheio de formigas
E branco enfeitando o teto,
Era um tal de passar defunto
Outros correm por muito
Menos aquela gente
Com lamber nos pratos, talheres e copos
Uma dor parecendo golpe de ar.
A lado dos donos pálidos
Poucos minutos depois
É agarrado e enforcado
Nas frinchas da porta
Na penumbra e com pretexto.
(D'Eu)