Demência!


Tomaste o tempo como inimigo assim fostes se destruindo
Não há sinal de vida, só eco, nada será!
Esqueceu do seu corpo e vive agora no corpo de outrem
Na esperança de recompor-se e resistir ao caos.

Sem razão, só sofrimento e lamento, não suportará.
Sem prazer e sem sabor, sua boca se fechou no verso.
Nada restou, além das migalhas do seu lixo cósmico.
Já não terás como voltar, os rastros foram apagados.

Sem rumo e sem direção, és uma alma perdida.
Só resta-lhe à auto-destruição, como vingança e castigo.
De almejar o impossível, aquilo que nunca lhe foi oferecido.

Lamúrias e ilusão do querer, sua redenção foi proferida.
Seus gritos serão todos silenciados, pelo pecado cometido.
O sangue já jorra chegou o seu fim.