*APOPLEXIA QUE ME REVOGA*

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NÃO DECANTO O MEU DESAPIEDADO

CIÚME. DECANTO O MEU PREDICADO NA

AUSTERIDADE DOS FORTES VENTOS.

NÃO DECANTO ESTA FACA FRÍGIDA

QUE ME USURPA O PEITO

DENOMINADA CIÚME.

ESSA APOPLEXIA ME REVOGA

SOU EU SEI COMO RASGA ESSA

AFIADA LÂMINA.

NÃO SEI EQUILIBRAR NA CORDA

BAMBA DESSE SENTIMENTO, NÃO

EXISTE REDE NO SOLO O CONTRATEMPO

É IMINENTE.

NÃO DECANTO A MELODIA NEGRA

DO CIÚME, NÃO QUERO BAILAR COM

ELA. MAS, DECANTO O MEU CIÚME ATINADO

NO PERÍMETRO DOS MEUS OLHOS.

TU QUERES ME EXTINGUIR NA DOR

FAZENDO RESIDÊNCIA NO MEU PEITO

VIRANDO-ME DO AVESSO.

NÃO IRÁS MATAR-ME NO SEU CRÔNICO

INTENTO, VOCÊ PODE ATÉ SER AÇO

EU SOU MAÇARICO E CUSPO FOGO

E DERRETO AÇO

O QUE NÃO PODEMOS É OCUPAR O

MESMO ESPAÇO.

SAM MORENO
Enviado por SAM MORENO em 18/11/2008
Código do texto: T1290846
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