Janelas do Mundo

Gosto de abrir as janelas do mundo,

e encontrar muita gente formosa,

me encantar em deleite profundo,

seja em som, imagem, verso e prosa!

Mas nem sempre tudo são flores,

nos caminhos da navegação,

algumas desilusões e dores,

acompanham sempre algum coração!

Assim, quando lembramos de alguém

ou somos por ele lembrados,

nossa expectativa vai além,

e nos sentimos acariciados!

Gosto também de

sentir a brisa fresca no rosto,

quando nas manhãs ensolaradas,

passeio pelos jardins das nossas praias,

perdendo o olhar na linha do horizonte,

onde o mar vigorosamente abraça o céu.

Eu gosto de olhar nos olhos das pessoas,

para sentir o sussurro de suas almas,

para buscar na leveza da afinidade,

algo que nos identifique e nos enterneça.

Eu gosto do riso aberto das crianças,

quando se encantam com coisas tão simples,

que fico refletindo porque ao crescer,

perdemos o elo da pureza e da inocência?

Talvez seja o rio da vida que nos leva,

por entre pedras e descaminhos,

a colocar de lado as ilusões e encantos,

e a pisar firme no tempo e no espaço!

Por isso quando vejo o mar, sinto a força.

Quando a afinidade se desvela, sinto alegria.

Quando meu neto me sorri,

sinto pleno amor,

muito carinho e ternura.

Quando a vida me dá o seu cálice,

sorvo até a última gota!

Se for de fel aprenderei

a ser melhor

Se for de mel me deliciarei

até não poder mais!

Eu gosto de viver

porque a vida é bela!

Santos/SP

06/08/05

Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 26/03/2006
Reeditado em 12/05/2006
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