BALADA DA ALVORADA

BALADA DA ALVORADA

Assim que abri o janelão

de vidro, aroma de pão novo,

montado no cavalinho azul

da brisa, adentrou a sala

de minha casa.

Alguns galos cantavam

em coro, ébrios de alvorada.

O bambuzal, ao sopé

do morro, ensaiava

seu balé diário.

Ainda sonolento,

fechei o janelão

(a noite já se despedia)

e voltei pra cama,

tocado pelo lábio

hábil da poesia.

CAIO DUARTE
Enviado por CAIO DUARTE em 18/11/2008
Código do texto: T1290064