A caixa de papelão e os gatos

Observo seus passinhos,

Me divirto com seus pulos e botes,

Escuto seus ronronados, seus rugidinhos...

Antes da anarquia começar.

Dão-me ocasionais sustos,

Quando grande é o alarde...

"Brigas" se desenrolam até tarde,

Ou até carinhos começarem a trocar.

Percebo, então,

Que todo o pequeno mundo de meus gatos

Ganhou nova dimensão,

Devido a algo diferente na sala de estar.

Uma caixa de papelão,

Onde os gatos ficam a brincar

De esconde-esconde,

De armadilha,

De forte ou de "briga".

Conheço de trás pra frente a história,

Mas ela me intriga...

Afinal, a história da vida

Está sempre a se renovar.

E na caixa de papelão

Os gatos continuam a brincar...

Ora feito filhotinhos,

Ora irritados...

Até que todos,

Finalmente cansados,

Se esqueçam da caixa e se ponham a miar...

É hora de dar atenção,

De servir a ração,

De mimar os gatinhos...

Espalham-se então pelos sofás,

Entre satisfeitos miadinhos,

Pondo-se a dormitar...

Até para caixa de papelão

Outro gato voltar

E recomeçar outra hora de folguedos.

Me diverte a simplicidade de seus brinquedos...

A caixa de papelão é um forte,

Um abrigo,

Uma caverna...

Onde eles ficam em travessuras fraternas,

Até o sono os vencer

Ou a caixa se desmanchar.

Zannah
Enviado por Zannah em 17/11/2008
Reeditado em 18/11/2008
Código do texto: T1289053
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