Saudades
Dor que terra nao encobre
Arrasta distante o tempo,
Nas garras afiadas do vento
Nem resquícios de paz que sobre.
Peço-te então que te desdobre
Em mil pedaços e lance ao mar,
Deixe as ondas azuis te levar
Para afogar meu padecer pobre.
Caminhe, ó amada, na madrugada fria
Perca-se entre as sombras arredias
Procurando encontrar as verdades,
Com razão nascerá um lindo e novo dia
Verá um sol sangrando nostalgias
Pelas dores das minhas saudades!