O LIMITE
O LIMITE
No meu anseio ainda é véspera.
A palavra arde no céu da boca
como a esperança, de ré.
Há uma múmia crucificada
alimentando meus medos
e minha bússola se fragmenta
em arroios indefinidos.
Quero juntar pedaços,
chegar ao cerne,
apagar a flama
da luz que inverte o brilho das estrelas,
mas só há fragmentos...
O percurso escorre em sobretons
e meu olhar desfocado
procura o fogo ancestral
pra descobrir o limite
entre o ódio ...e o amor.
Basilina Pereira