Guerra e Paz


Guerra
Através das plantações
as árvores choram
os seus mortos

São tiros raivosos
de morticínios vis
As flores ficam carecas

É a vaidade intransigente
de mísseis perdidos
em mentes loucas

Paz
Com o renascer da Primavera
ecoam os cânticos dos rouxinóis
por jardins sorridentes

As portas abrem-se de alegria
as crianças sorriem
na vicissitude e na tranquilidade

Soam os sinos da paz
A alegria é permanente
as flores desenvolvem-se

São palavras de serenidade
por tempos que se esperam
para a eternidade

A nona de Beethoven
com ecos de paz
e alegria na infantilidade
tranquila

As meninas saltitam
através de uma guerra esquecida
por campos floridos

Nos animais sente-se
algo de novo
em plena amizade

Os homens trabalham
para o seu bem estar
em campos cultivados

O Sol espraia-se
pelas campinas
através do calor humano

As andorinhas
vêm seus ninhos
reconstruídos

A paz do senhor
através de uma humanidade
prenhe de esperança

As flores deliram
com seus perfumes
beijadas pelas abelhas

A palavra guerra
é esquecida nas noites
através dos canaviais

A prosperidade
expande-se carinhosamente
ao sabor do vento.
pedrovaldoy
Enviado por pedrovaldoy em 17/11/2008
Reeditado em 13/12/2009
Código do texto: T1287367