Margarida
O braço entra
acompanhado da mão ávida
na mata
dedos nervosos
e finos
penetram
a relva
a procura
da haste virgem
que rompem
Bem me quer
Mal me quer
Bem me quer
Mal me quer
Esvai-se o perfume
Misturado com o suor
da mão
Bandida
Lágrima que se mistura ao pólen
Pura emoção
Bem me quer
Bem me quer
Bem me quer
Ao solo volta
Agoniza e geme
A margarida
Mal me quer
Mal me quer
Mal me quer