O ÚLTIMI REPOUSO
Procuro nesse mundo vago
Um lugar pra minha alma ficar
Quando esse corpo magro
No último leito repousar.
Temo que ela vá para as alturas
Prefiro que desça às profundezas;
Causam-me arrepios as coisas puras
Castas e cheias de torpezas.
Minha alma fede a impureza
Ao prazer e a sensualidade
Mas também é como a natureza:
Abundante na calmaria e na tempestade.
Minha alma produz bons frutos
Porém amargo a muitas bocas
Minha alma não é para seres incultos
Mas sim para almas loucas.
Talvez ela encontre num hospício
Um pouco de alegria e prazer
Pois são os loucos à princípio
Que fazem a vida florescer...