UM DIA, UM PAÍS QUALQUER




Era uma tarde, vagabunda como qualquer outra,
da janela da suíte presidencial,
o cidadão olhava o menino esfarrapado
do outro lado da rua,
olhava... mas não via.

Um pouco adiante na mesma avenida,
um rapaz com um corte de cabelo estranho
e algumas tatuagens no corpo,
falava alto contra o sistema
e entrava na fila para comprar pão.

Bebendo um refrigerante num bar na esquina,
um rapaz lombriguento e uma mocinha anêmica
faziam planos de casamento - filhos e aluguel.
o futuro gargalhava zombando deles
mas eles fingiam não vê-lo,
e,
acreditavam no novo candidato.