SILÊNCIO INFINITO...

SILÊNCIO INFINITO...

Sons de humildade são ternos

(porque são rimas de eternos)

como a simplicidade sem grifo

(que tem tudo a ver com isso)

como um hímen complacente

(que é a rima rica do postiço)

como um crítico de carteirada

(que tendo a alma mal amada

desmente o amor por escrito)

como um louco não proscrito

que vai apagando a alvorada

com a borracha do confisco.

Sons de alvorada são ternos

eterno é o silêncio sem grito.

E aos instantes não eternos,

o meu silencio infinito...

Afonso Estebanez

Afonso Estebanez
Enviado por Afonso Estebanez em 15/11/2008
Código do texto: T1285591
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