Orgia

Na noite da hora extraviada, encanto-me diante uma encruzilhada...

Noite de Lua roubada e a vida esta estendida em algumas dessas estradas

Qual estrada? Em qual toada?

Devo correr ou manter a caminhada?

Quantas estradas! Quantos ritmos!

Devo ir escondido? Não!

Vou comigo mesmo dançar, gritar e enlouquecer, por tudo e em vão.

Na encruzilhada, uma orgias de eus...

Muito duvidam e muito negam!

São loucos... São pensadores da exceção

Transando uns com os outros, gozando e gritando até ficarem roucos!

Falsas verdades são penetradas e se alucinam.

Verdades não caluniadas arrombam e permanecem enterradas.

Entendimentos arcaicos levam ferro de novas percepções.

Falo de entregas.

Sim! De individuais surubas!

De expressão!

Perguntas taradas correm atrás de repostas não encontradas!

Os desejos e a liberdade eretos entre isso e aquilo.

Um coral de eus, cantando perguntas...

Enquanto o estômago digere as respostas...

E o espírito assimila a busca!

Que seja através do sublime e do brusco...

Que seja por várias estradas,

que seja até por várias encruzilhadas.

Novidade?

Não!

Novas bobagens...

Grotescas humanidades...