Ilhar-me...

Ah, este meu doido coração!

Sempre que estou na terra firme da realidade,

Me lança, escravo-remador da galera da ilusão,

Nas águas revoltas da paixão-tempestade...

Por isso, já ainda derramo rios de versos

Dos meus olhos inundados de emoção

E que correm para inevitável oceano, dispersos...

Mas, talvez seja olímpico tal coração

E persiga tão tenazmente o seu alvo

Que, no meio de movediços tormentos,

Um dia poderei ficar a salvo

Numa ilha de braços macios e quentes!

Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 15/11/2008
Reeditado em 20/11/2008
Código do texto: T1285221
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