A FLOR E A RELVA
Ela era a mais linda flor
que habitava o topo da colina,
cheirosa, delicada e graciosa,
e o tempo todo me olhava por cima.
Não poderia ser diferente,
ela era a flor perfeita e intacta,
e eu simplesmente relva,
rasteira, pequena e fraca.
Eu a amava como louco
e adorava o seu mínimo movimento,
do topo de seu caule ela não me via,
apaixonada como estava pelo vento.
E o vento sabia como atraí-la,
transformava-se em suave brisa
e balançava docemente a flor,
que tremia de ternura e amor.
Mas o vento era soberbo e leviano
e voava por paragens distantes,
e a flor não tardou a saber
que o vento tinha outras amantes.
Ciúmes fortes e brigas,
até que o vento num lance violento,
arrancou do caule a flor
que pereceu num momento.
Acabou-se o romance e agora,
com suas pétalas feitas em pedaços,
a antes linda flor da colina,
desfaz-se lentamente em meus braços.
Ela era a mais linda flor
que habitava o topo da colina,
cheirosa, delicada e graciosa,
e o tempo todo me olhava por cima.
Não poderia ser diferente,
ela era a flor perfeita e intacta,
e eu simplesmente relva,
rasteira, pequena e fraca.
Eu a amava como louco
e adorava o seu mínimo movimento,
do topo de seu caule ela não me via,
apaixonada como estava pelo vento.
E o vento sabia como atraí-la,
transformava-se em suave brisa
e balançava docemente a flor,
que tremia de ternura e amor.
Mas o vento era soberbo e leviano
e voava por paragens distantes,
e a flor não tardou a saber
que o vento tinha outras amantes.
Ciúmes fortes e brigas,
até que o vento num lance violento,
arrancou do caule a flor
que pereceu num momento.
Acabou-se o romance e agora,
com suas pétalas feitas em pedaços,
a antes linda flor da colina,
desfaz-se lentamente em meus braços.