Soneto-Indriso da despedida

Querida, neste pranto que me abate,

Choro triste e velo a sua despedida.

Peço a alguém neste momento, que me mate,

Não consigo ver de pé, sua saída.

Venha Deus! Venha Senhor! Me arrebate,

Galardão que quero agora em minha vida.

E tristonho eu me faço um calafate,

No intento de sanar rude ferida.

Vá querida, mas não se esqueça de mim,

Um poeta que há muito lhe amou.

Rosa linda florescente em meu jardim!

Que um dia meu poema eternizou,

Vá feliz, e vá sorrindo, e sempre assim!

Noutra feita, pode crêr, contigo vou.

Entretanto, desde agora eu lhe peço:

-Vá cantando, vá com Deus... aqui despeço.

Texto dedicado à Poetisa Jeanne.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 15/11/2008
Reeditado em 15/11/2008
Código do texto: T1284262
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.