Soneto-Indriso da despedida
Querida, neste pranto que me abate,
Choro triste e velo a sua despedida.
Peço a alguém neste momento, que me mate,
Não consigo ver de pé, sua saída.
Venha Deus! Venha Senhor! Me arrebate,
Galardão que quero agora em minha vida.
E tristonho eu me faço um calafate,
No intento de sanar rude ferida.
Vá querida, mas não se esqueça de mim,
Um poeta que há muito lhe amou.
Rosa linda florescente em meu jardim!
Que um dia meu poema eternizou,
Vá feliz, e vá sorrindo, e sempre assim!
Noutra feita, pode crêr, contigo vou.
Entretanto, desde agora eu lhe peço:
-Vá cantando, vá com Deus... aqui despeço.
Texto dedicado à Poetisa Jeanne.