O INSENSÍVEL

Talvez o silêncio da noite

Quando tudo parece adormecer

Faça-te acreditar, e aceites

Que a vida é um eterno morrer

E o mundo te pareça parar

E tudo se reduzir a nada

Como se a morte está a espreitar

Enquanto se aproxima a madrugada

Talvez seja apenas um vazio

A invadir-te o peito e a alma

Por causa desse teu fastio

De tua imunda cama

Onde todos os dias tu deitas

Com este teu ar de alegria

Ao fazer com mulher direita

O que não fazes com uma vadia