Amor e Nostalgia

Caminho entre os lírios

Que grandes campos ao meu redor formam

Meus olhos de dois rios

As nascentes mais puras se tornam

Isso sempre acontece

Quando vejo o tempo que deixei correr

E no meu subconsciente

Sinto vontade de morrer

Cantos e campos

Têm mais que uma diferença

Contos e cantos

Também só mantêm as aparências

Estou à sós com a solidão

Nem vem vadio

O amor trancou o portão

Depois que saiu

Que curiosa é a vida

Que se irrita na microfonia

Depois viaja de enxerida

Na guitarra que grita

E onde vou parar?

Nessa louca viagem

Da desgraça de amar

Da surreal, real miragem

E no espelho das águas

Distante, triste vejo

As raízes dessa barba

Cravadas no meu queixo...

Do sertão às metrópoles

Das taperas às mansões

Das quitandas ao shopping

Conheci inúmeras intenções

E agora entre os lírios

Sou a nascente desses dois rios

Que escorrem sobre os meus papiros

E banham meus delírios

Vou esquecer que eu existo

E de uma maneira triste

Esquecer-me desse vício

Que a tristeza existe

Não passo de um menestrel

E a linha da minha vida

Enrolo no carretel

Da alma amadurecida

Um trovador cavernoso

Com espada e alforje no peito

Gritando ao avesso do povo

Que o mundo ainda tem jeito

Dois rios, lágrimas, amor; beba... VIVA!!!

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 14/11/2008
Código do texto: T1283135
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