Como é que não se entende o amor
Se não fosse a minha pressa,
Se não fosse a imediatez de meus atos,
Se não fosse a minha falta de bom-senso,
Se não fosse o meu descaso pela certeza...
Se não houvesse tantas músicas,
Se eu não escrevesse tantos versos,
Se eu discordasse pouco,
Se eu vivesse menos...
Talvez eu estivesse confortável,
Talvez eu fosse um pouco mais infeliz,
Talvez chorasse menos no escuro...
Talvez eu não conhecesse o teu corpo,
Talvez eu não tropeçasse em tua alma,
Talvez eu não sentisse o amor!
Lívia Noronha
Belém, 14 de novembro de 2008
(primeiros minutos)