A re-volta do bohemio
Madrugada e teu luar
Assegura a tranquila chegada
Do jovem bêbado a tropicar
Do perdido, ao pé da estrada
Ao seguro seio do lar
Madrugada gélida, fria
Palco de tristeza e de alegria
Controla com sabedoria
A vida de quem em ti ousa vagar
E não esqueces de salvaguardar
A vida também deste bohêmio
Que lhes escreve abstênio
Das sandices d'um cão a ladrar
E se precisares da bravura
De alguém para lhe representar
procurarei com a ternura
em versos de alma pura
palavras bonitas, de acalentar.