ÓCIO
Duas e meia.
Nada de novo no ar.
Deito no chão desta tarde vazia
esperando a azia
do almoço indigesto,
pseudo-mordomia
deste repouso funesto.
Seis e meia.
Desafinados bocejos
ecoam na recém chegada escuridão.
Vozes na televisão
que nunca se desliga
pertubam a viagem da mão
ao redor da obesa barriga.