CAMINHADA
Quando o espaço se reabre
Entre o meio e o fim
Onde o sol nunca dorme
Os meus passos irão pra lá
Quando o tempo nunca chega
Quando é hora de esperar
Quando nunca vem o dia
Lá, não vou ficar
Vejo a brisa, simetria
Entre o tufão e a alegria
Cai da água, noite fria
Lenços, lágrima tardia.
E nos delírios reais
Meus fantasmas naturais
Que o silencio da morte
Enlouqueça-me...
No calor escaldante
Dessa infernal estrada.