Mulher

Criatura de alma pura e olhares sublimes

Que acalenta em seu colo o pequenino

Que é senhora e deusa e amamenta o menino.

Amante zelosa ,tímida e bela ,

Revelando-se na penumbra

Trêmula, ruborizando-se ao amanhecer

Sem querer.

Companheira fiel de todo dia

Que confia e aconselha

Você talvez não a via

Preocupada a olhar-te de esguelha

Mulher poderosa, fiel e verdadeira

Mãe extremosa, amante derradeira

Que pode levar um homem como a correnteza

Pode levá-lo ao delírio e as profundezas

E fazê-lo chorar

E fazê-lo sorrir

Pode levá-lo ao céu infinito

E atira-lo ao mais fundo precipício

Negando-lhe o seu amor.

Mulher forte sexo frágil, poderosa em sua humildade

Artista em sua vaidade

Soberana em simplicidade.

Recebeste a graça de gerar, em tuas entranhas a vida.

Só você pode saber o que é amar

Aquele pedacinho que se envolve

E desenvolve quase que do nada.

Só a você foi dada a singeleza

De um olhar apaixonado.

São a você foi dada a riqueza

De ter um coração grande e sagrado

Que possa abrigar tantos filhos, quanto puderes ter.

Ainda que venha a guerra

Que não tenha verde sobre as terras

Que soprem ventos derrubando carvalhos

Que as bombas explodam

Não haja mais orvalho

O céu escureça, parta as cabeças

Existirá uma mulher

Gentil e prazerosa

Amável e dengosa

Fiel e amorosa

Mas, sempre uma mulher.

sandra canassa
Enviado por sandra canassa em 13/11/2008
Reeditado em 16/07/2013
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