DEVIANTE
Tentei mensurar a essência da vida
Perdi-me entre as polegadas da existência
Vaguei a esmo, a mercê da maré do destino
E acabei em uma praia, sem tino e rumo
Um náufrago dos momentos finitos
Tolo fui, ao pensar ser possível
Medir este oceano de contingências
Com uma régua de anseios
Cada marola me joga de volta a praia
Nesta tentativa vã de controlar meu futuro
Sem perceber que é meu presente
Que ancora minha nau de possibilidades
ITA POETA