DEVIANTE

Tentei mensurar a essência da vida

Perdi-me entre as polegadas da existência

Vaguei a esmo, a mercê da maré do destino

E acabei em uma praia, sem tino e rumo

Um náufrago dos momentos finitos

Tolo fui, ao pensar ser possível

Medir este oceano de contingências

Com uma régua de anseios

Cada marola me joga de volta a praia

Nesta tentativa vã de controlar meu futuro

Sem perceber que é meu presente

Que ancora minha nau de possibilidades

ITA POETA

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 13/11/2008
Código do texto: T1280707
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.