NOITES... NOITES...


Noites... Noites...

Noites mornas d’auras brandas e rapsódias caladas.

Noites preguiçosas do Saci [ar] a anima sob o lume do plenilúnio prata.


Noites... Noites...

Noites insones de núpcias sonhadas.

Noites magas d’altas horas madrugadas.


Noites... Noites...

Noites  de amor.

Noites do Nosso Senhor que não sou eu o inventor,

Até que a razão faça pazes com a fé, eleva-nos do paço à copa da mata quão vaga lume avoante?


Noites... Noites...
Noites impermanentes sitiadas, 
ainda que a alvorada apague o brilho das estrelas?

Sejamos nós doces rima e desejo.

Sejamos nós dè javú sem a culpa do medo.

Sejamos nós existências vividas.
Jamais insetos falantes.


Noite... Noites...

Noites no Paço do Lumiar para aliviar a dor, ainda há um Deus criador.


MANOELSERRÃO – PAÇO DO LUMIAR [MA] – SÍTIO SANTA CLARA – 12.11,.2008.

 

 

serraomanoel
Enviado por serraomanoel em 12/11/2008
Reeditado em 19/11/2008
Código do texto: T1280336
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