A COR DO POEMA
A COR DO POEMA
Não sei fazer versos gris.
Contorno, retorno e lá vem
as cores camufladas nas palavras
veladas, mas cobertas
pela fumaça do arco-íris.
Sei que a vida, às vezes, se ressente de brilho
e o poeta carrega um rio nos olhos...
mas o poema! Ah! o poema...
no seu silêncio caloroso,
revela a resistência das manhãs de sol
e qual um chafariz no meio da praça,
parece dizer: - bom dia, aquarela!
Basilina Pereira