Não me prives

Não me prives, meu amor

De me deitar ao teu lado

Vê meu peito afogado

Vê minha vida sem sabor

Pois que 'tempo' é escasso

A única prova de infinito

Que o ser humano teve escrito

Pois que a vida um dia passa.

Não me prives do teu sorriso

Que me foi por tantos dias

Lembrança das belas melodias

Que tanto quanto eu preciso.

És o que penso noite e dia

E busco no fundo da alma

Hora vazia, feroz, hora calma

Como se buscasse a poesia.

Que cárcere cruel e pesado

De saber o quanto verdadeiro

É nosso amor! E eu anseio

Pelo dia em que o tempo tenha passado.

Anseio ainda, que não me prives

Jamais de teu sorriso perdido no tempo

E se eu me acabar antes, eu lamento

Mas enquanto eu viver, da tua vida

Não me tires.

Pois que ainda oportuno eu lhe repito

Que em meu peito agora passa sangue seco

E me arranha, me traz forte do no peito, pois

o homem não o é, mas o tempo é infinito.

Não me prives de ti, meu amor

Sei bem o quanto nos queremos

E se assim, melhor pudermos

Amenizar toda essa dor...