Para Edu Silveira
Nem aniversário, poeta
nem almoço em família
nem choro ou docilidade,
hoje
cortarão a cabeça de João Batista
e a trarão numa bandeja
mais uma vez.
Nem celebração
nem abraço dissimulado
nem beijo sincero,
hoje espero
o silêncio
consumido pela vida
deceparão o serviçal
incompetente, desnecessário
hoje poeta, nem aniversário.