Esquecer de que jeito?
De um lado para o outro da cama,
o meu corpo reclama
essa falta de ti.
O travesseiro amassado,
o rosto molhado
que chora por ti.
Apanhando da insônia,
minha maneira errônea
de lembrar-me de ti.
Mas esquecer de que jeito
se a lembrança em meu peito
não se pode apagar.
E para a noite passar,
eu converso comigo.
Sou o único amigo
que ainda quer me escutar.