Disfarces

Não há de ser nada,

quando a chuva vier,

na madrugada,

lavar toda a minha dor.

A espera desorientou

o Condor

que vive em minha alma.

A lua se foi ofegante,

quando a noite se tornou imperiosa

e uma febre alucinante

queimou as meias verdades,

no desvio do meu olhar,

inteiramente ditas,

no seu coração fechado,

jamais compreendidas.