Meu Credo poético
elisasantos
A palavra sem o propósito de resumir o objeto
Que não seja filha bastarda das convenções tribais
Que não seja assassina de intenções, sentimentos ou ações
Que não seja convenção para seqüestrar verdades
Que não seja arma na mão das tribos
Que não seja rótulo
Que não seja filha dos preconceitos
Que não vagueie em pobres bocas enigmáticas
Que não sirva a confissão de credos lunáticos
Que seja mais que um suspiro ao fim do orgasmo
Que seja a declaração fidedigna da alma
Do universo e da dignidade e luta
Dos verdadeiros seres humanos.