Flor bela Flor pura
Lavo a flor límpida, sagrada e pura
Com as lágrimas mais obscuras
Dos erros que cometi.
Mesmo sem crer que a luz eterna
Dê força aos meus braços sôfregos
E ânimo à vida torpe,
Não posso deixar,
E não deixarei,
Que caia a flor sobre o jardim que cultivei.
Tão cheia de rancor e nada sinto.
Tão sóbria de desgraça e nada vejo.
Só a flor que me anima o meu desejo
De ser o que não sei que eu serei.
Lavo a flor bela, bela e pura
Com lágrima única que perdura
Dos erros que esperam pela cura.