Chuva no Sertão
Lá vem a bendita chuva
Alegrar o sertanejo
Sorri a cada trovejo
Vê a água levando a saúva
A cachoeira de novo dançar
Sabe que logo a vida irá brotar
E de rosário na mão
Agradece em oração
A fé que faz a esperança germinar.
E o sertão se veste de verde
Parece pintado à mão
Crianças de pé no chão
Brincam na água, matam a sede
De longe a chaminé anuncia
A panela já não está vazia
E de rosário na mão
Agradece em oração
A comida daquele dia.
Mas o sertanejo sabe
Que a chuva irá passar
E de novo, por ela irá esperar
É guerreiro e mão não abre
De viver no seu lugar...
E de rosário na mão
Pede em oração
Pra chuva não demorar.
(Sirlei L. Passolongo)
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