Quando a poesia acabar...

Quando a poesia acabar

apaguem as luzes, por favor.

Apaguem também a vida, este andar cego para coisa nenhuma.

Apaguem as lembranças, estas que pesam como tédios.

Tudo o que é sonho,

tudo o que é estupidamente real,

tudo o que é abstrato,

tudo o que é concreto,

todo o meu coração insatisfeito,

apaguem, apaguem tudo!

Que só reste silêncio e escuridão

sobre e em torno de mim,

quando a poesia acabar...

Diógenes
Enviado por Diógenes em 23/04/2005
Código do texto: T12722