Paranóias!

Tentar convencer sem que o queiram

Impor limites para formas abstratas

Julgar desmerecendo os méritos

Analisar sem ter melhor eloqüência

Esquecer aquilo que está tão vivente

Propagar sem base & fundamentos

E crer que ser sistemático é solução

Desvirtuar para ver o circo pegar fogo

Por fé em pequenos detalhes

Como se estes bastassem para tudo

Tocar a vida como se fosse um relacionamento de espera

Levar ao pé da letra quase tudo

Olvidar para casos mais complexos

Titãs querendo cegar o olho da Terra

Tombar algumas crenças por outras

Drogar com cicuta os incautos

Tingir de vermelho o véu azulado

Renascer de velhas quimeras

Maldizer em nome de qualquer fé

Fingir uma corrida desnecessária

Fechar as pernas exigindo fiança

Cometer abusos com vazias justificações

Subjugar desejos por ares superiores

Invalidar sem prestar o devido crédito

Tomar como se fosse sujeito oculto

Ir além, mas impondo tantos limites...

Praguejar por pretéritos perfeitos

Expiar como se não existisse vida alheia

Pagar quando outrem contratou errado

Desprestigiar aquele que sempre cria

Fuzilar o empenho no coletivo

Escorrer uma lágrima mascarada

Naufragar em verdades por causa de mentiras

Reviver angústias há muito soterradas,

Pernoitar com medo do dia amanhecer

Lamentar mais, do que propriamente fazer...

Divagar sempre sobre as ondas do vasto mar

Florear novas sementes pelos Jardins

Uivar novamente com esta Lua cheia

E ter outra vez aquele brilho no olhar!

A visão que o mundo pespega quando a lágrima umedece a fala!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 23/03/2006
Reeditado em 22/06/2006
Código do texto: T127213
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