Rocinha

Orgulhas-te meu Rio por guardar em teu seio a maior favela da América Latinha junto ao mar, lugar que todos gostariam de ter para criança e adulto, campo florido, a cultuar a vida e de amor se banhar.

Esse pedaço de chão, espaço de todas as raças, de alvenarias e barracões, asfalto, saneamento e novas construções, de vidas seguras sem desespero e atropelos de nossas emoções, berço da paz e sofreguidão, mistura de amor e paixão

A Rocinha menina pedia que fosse assim construida: os homens o morro a desbravar, a vida em teu seio guardar gente do Sul e Sudeste, Norte e Nordeste e quem de fato a quisesse amar.

Ouvi-se na imensidão de seu deserto, homens de todas as tendências caminhando em todas as direções, longe ou de perto, arrebantando corações, ouvi-se também vozes do além falando da vida despersa aos homens do bem.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 23/03/2006
Reeditado em 24/03/2006
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