HÚMUS DA POESIA - Regina Lyra

Soneto das mais bravas e recônditas esferas,

Fico a ler sem perceber o tempo passado,

Retorno ao tempo de hoje, ‘entrebrilhos’

Fugidios espécimes... Alvissareira esperança.

É o diálogo poético instalado

Em gentil corpo dourado da poesia sua chama.

O poema é forte, belo, altivo

Qual vôo de uma águia, nos céus do seu habitat.

Neste diálogo crédulo, imenso

Meu coração rejubila-se em encontro consigo mesmo,

Viva a arte poética, viva a poesia!

Neste desejo fastio, olho pratos servidos em desafio.

O poema traça seu rumo ao norte,

Seguir em frente a procura de toda sorte,

É a guarida da morte, antes do último suspiro.

É chegada a ultima trilha, vamos fazer a partilha!

IN: Antologia dos Escritores Brasileiros. 2ª ed. Salvador, 2006.

Regina Lyra
Enviado por Regina Lyra em 23/03/2006
Reeditado em 14/06/2009
Código do texto: T127135