Sementes do carnaval
Pierrô, cadê a sua Colombina?
Colombina, onde deixaste o amor?
Nas ruas de Olinda feriste a alegria.
Nas praças da Lapa plantaste a mágoa.
No Arpoador fecundaste a dor
que nem mesmo em Salvador fosse possível curar.
Ó águas do Bonfim,
cuida de mim para que o mar não pereça
trás de volta a Colombina que um dia entrou em minha vida
devolve a harmonia do frevo
e todo o molejo dos corações
colore o preto e o branco da saudade tua, Colombina
e faz deste Pierrô
a mais fantástica poesia nascida do carnaval!