CISCO NO OLHO
Pisco,
viro o disco.
Não foi nada,
foi do sonho à tarde.
Real de tão ruim.
Constância ronda minha vida,
ronronando feito um gato velho.
Constância não é ninguém, nem é nada.
É uma invenção de nome dado aos medos,
no plural.
O nome das coisas pode ser qualquer nome.
Se eu quiser mudar, posso.
Medo pode ser dedo.
Pesadelo então,
pisão no dedo
que soprou um cisco no olho.
Transbordou,
Polui minha face.