CISCO NO OLHO

Pisco,

viro o disco.

Não foi nada,

foi do sonho à tarde.

Real de tão ruim.

Constância ronda minha vida,

ronronando feito um gato velho.

Constância não é ninguém, nem é nada.

É uma invenção de nome dado aos medos,

no plural.

O nome das coisas pode ser qualquer nome.

Se eu quiser mudar, posso.

Medo pode ser dedo.

Pesadelo então,

pisão no dedo

que soprou um cisco no olho.

Transbordou,

Polui minha face.

Gladys
Enviado por Gladys em 06/11/2008
Reeditado em 21/07/2010
Código do texto: T1270030
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