DESVENDAR

Não guardo segredos sou como um templo de portas abertas

tenho a noite escura a testemunhar o meu viver

durmo e acordo na intenção de desvendar os véus

que encobrem o brilho desta alma errante.

Errante por ser cigana, mas que ansiosa

busca sua harmonia interior

e por mais que eu insista em relutar

não consigo aceitar a tediosa labuta

de nós humanos que prosseguimos

sem almejar um maior descortinar

sou como um templo...

e sempre estarei aberta á novas opiniões

acredito que só estou aqui para angariar conhecimentos

sem desejar ser portadora da verdade

mas ser parte desta verdade que está desfragmentada

de meu ser ainda disperso.

Ramayana
Enviado por Ramayana em 22/03/2006
Código do texto: T127002