DOS OLHOS DE VER
Ai de mim,
Disse Jeremias ao meu ouvido,
E eu que via,
Aprendi a chorar...
Oh, Jeremias,
Há mais o que chorar
Que todo o horror que vemos;
Há o horror que não vemos,
A prisão silenciosa dos nossos pensares,
Penares que nos algemam aos vórtices sem fim
Da ilusão ecoando criações,
Criando quimeras que se alimentam do nosso medos.