Pingente
Casa vazia, janelas fechadas.
Casa tão fria, gelada.
Porta fechada, solidão constante,
dor lancinante, que sinto.
E o medo, faminto
desse frio latente
dessa morte presente
a me incomodar.
Medo que sinto
de, cercado de gente,
de morrer de repente
solitário, pingente.
E o destino assusta,
tantas vezes fugi,
e mentiras menti
quando a verdade era injusta.
É o medo que sinto
de morrer solitário
nessa tristeza, calvário
que eu mesmo escolhi.