Mão única
Aqui no cruzamento, parado,
estou estarrecido:
Mão única!
Prossigo ou não?
Doido, irreversível, imaturo, sigo
reto, reto, reto.
Alheio ao buzinaço que é
lógico.
Como a tabuada
decorada escrita nas
coxas. Como uma equação
diferencial resolvida às
pressas.
O apito do guarda sinaliza:
acorda para a vida!
Acreditar na inevitabilidade
da mão única, é fraqueza demais.
São Caetano do Sul, 05 de novembro de 2008.