ENCANTO DE AMOR PRESENTE

Eu me vejo em dobra sartreana.

Experimentando a náusea,

em filosofias e poemas insones.

E alma desnuda em letras.

Que fervilham e me fazem saber,

que existo e vivo. E a vida transpira!

Eu sou una e em milhares me perco.

E me encontro em cada passo,

frente ao novo que se desdobra.

E renego todos os saberes

que não compreendem a minha natureza.

Feito bruxa em ataques de quimeras,

lanço feitiços cortantes. Amo!

E as desarmo! Eu posso!

E das amoras eu tomo os doces,

e no círculo da vida eu danço.

Na autoria de meus encantos,

que se vestem em asas coloridas,

de larva que agora é borboleta.

Paris, 2008

Iva Tai
Enviado por Iva Tai em 05/11/2008
Reeditado em 05/11/2008
Código do texto: T1267885
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