ENCANTO DE AMOR PRESENTE
Eu me vejo em dobra sartreana.
Experimentando a náusea,
em filosofias e poemas insones.
E alma desnuda em letras.
Que fervilham e me fazem saber,
que existo e vivo. E a vida transpira!
Eu sou una e em milhares me perco.
E me encontro em cada passo,
frente ao novo que se desdobra.
E renego todos os saberes
que não compreendem a minha natureza.
Feito bruxa em ataques de quimeras,
lanço feitiços cortantes. Amo!
E as desarmo! Eu posso!
E das amoras eu tomo os doces,
e no círculo da vida eu danço.
Na autoria de meus encantos,
que se vestem em asas coloridas,
de larva que agora é borboleta.
Paris, 2008