Seu morrer nessa madrugada
Se eu morrer nessa madrugada,
Amigos,
Não confessem os meus pecados.
Tudo o que ocultei,
Foi pra sentir mais sabor.
Me deixem ir com o gosto doce
Da liberdade.
Não quero sentir amarras nos meus braços
Nem quando deixar de existir.
Enquanto vivo,
Eu vôo
Como nunca voaram antes.
Do alto,
Vejo os carros passando...
Num espaço sem fundo.
Fecho os olhos e me entrego
A um tempo
Que nunca começou.
Lívia Noronha.
Belém, 04 de outubro de 2008.