ESTRANHO

Chegou calado e esperou ser atendido,

olhu uns caras jugando cartas na mesa,

pela demora pulou no balcão e se serviu.

o do bar surgiu e ralhou cando lem seguida.

o motivo da calma. um trabuco niquelado.

pronto para cuspir chumbo se aborecesse.

o vendeiro ensaiou um sorriso amarelo.

e perguntou: amigo, qu nervoso é esse?

A turma do carteado sentiu saudade de casa.

Um a um foram saindo de fininho.

ia entrando um para um gole rápido,

perdeu a vontade e girou fora rapidinho.

Calado o sujeito se ocupou de mais dois tragos,

deixou ma nota no balcão e logo foi se mandando.

Nada disse e sumiu na rua de pouca luz.

deixando o botequeiro boquiaberto. Se borrando.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 05/11/2008
Reeditado em 29/04/2009
Código do texto: T1266679
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