Ssssss...

Menina dorme na rede. É tão quietinha,

Humilde, alegre, envolve-se em carinho,

Os que se achegam a ela, a criaturinha,

As trata bem, pois mal não sabe nem pratica.

Ingênua, crê, que todas as pessoas,

Convivem com amor e com verdade,

São puras como ela; e são boas,

Pois em seu coração não há maldade...

Um dia, enregelada, ela achou

Uma cobra, no caminho onde andou,

E teve pena, aqueceu-a junto ao peito...

Levou-a para junto às coisas suas,

Alimentou e a cuidou com as mãos nuas...

(Mas não sabia que cobra não tem jeito!...)

Quando aquecida e forte se sentiu,

A cobra, bem no coração, a ela feriu,

E se foi, deixando a morta em seu leito...

As mãozinhas arrochadas só jaziam

Apontando no peito os dois furinhos...

E a traição foi à paga de seu feito...

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Nota da Autora: procurei colocar em versos uma fábula, que minha tia-avó me contava quando eu era criança. Não sei o autor da mesma!

E ressalvo: qualquer semelhança com fatos ou pessoas é mera coincidência.

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 04/11/2008
Código do texto: T1265905
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