Igualdade Social para os Animais!
Uma ardência na garganta.
Um tempo absoluto;
em prazer
e extensão necessária.
Flutua-se na névoa;
cinza e alucinada.
Há de se tentar espelhar,
vislumbrar
e cantar a verdade sonhada.
Em versos sujos,
maltrapilhos,
de estrofes estupradas
por bagulhos tão profundos
dos campos aromáticos.
Será o que se vê?
Ou o que se quer?
Que será, que será?
Que plagia cantantes
a mercê de carcarás
das empresas que vendem discos piratas.
Que é isso?
Que me acomete,
que me faz perder o nexo,
que a Dionísio me remete?
Que fumaça é essa?
Tonturas, fomes,
e gargalhadas sem porquê?
Erva que faz mentir.
Separa enredo
e chapéu.
Título
e corpo.
Erva que faz Ser.
O tudo.
O véu deste céu
reluzente e vermelho.
Na onda magnética,
ao corpo alucinante,
ligado por
tremores e torpores.
Me falta chocolate,
teu beijo
e a justiça pros animais.
Falta-me ser humano.
Enganando a mente
e matando o coração.
Pois se isso é ser humano,
eu quero ser animal.
Trepar na rua.
Cagar na rua.
Morrer na rua.
(Pois dormir, já durmo)
Sem que ninguém te ignore;
sem que haja preconceitos
e conceitos
feitos.