Minhas vidas finadas
Minhas vidas finadas...
Morri tantas vezes. Sempre morro quando
o que penso não existe, ou existiu, e de repente, foge de mim...
Morro todos os dias. E mesmo pensando estar morto
noutro dia
renasço.
E penso estar morrendo. Até o fim do dia.
Morro de noite.
Renasço pela manhã.
E tenho certeza de que da tarde não passo.
A tarde se arrasta
entre minha vida
que acabara de renascer pela manhã
e minha morte que acaba de apontar...
Morro todas as noites
manhãs
ou tardes
(mas renasço em algum espaço entre tudo isso)
E essa é minha vida.
(Adriana Luz - 02 de novembro de 2008)
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